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terça-feira, 7 de junho de 2011

Vendo alto e ouvindo colorido*


Destacando-se da realidade por uma hora. O estado de espírito do casal que comia temaki e a paciência dele em ensinar a pegar nos “pauzinhos” era impressionante. Entre risos, sorrisos reciprocidades simpáticas, a noite transcorria divertida, hipnótica... Simplesmente feliz.


Em alguns momentos sua perna tocava na dela sob a mesa e ela propositalmente permitia naturalmente, como se eles não fossem tão estranhos. Parecia sim, um encontro... Apesar de improvisado, revelava-se algo promissor, perene, cravado no tempo, no momento e na memória. Era tudo muito ingênuo, infantil, puro e imaculado. As histórias, a juventude madura nos olhos de ambos evidenciava uma sensação de leveza e bem-estar.


Agora some assim, sem deixar nome, documentos ou pegadas. Como ela pode seguir-te, saber onde está e com quem andou? Saber mais sobre seus sonhos, ler nos seus olhos as muitas emoções escondidas e tocar na sua perna acidentalmente? Aparece. Porque assim ela poderá dar continuidade aos seus pensamentos reticentes deixados na timidez da noite passada.


(À amiga Milena Tatone)



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