Em alguns momentos sua perna tocava na dela sob a mesa e ela propositalmente permitia naturalmente, como se eles não fossem tão estranhos. Parecia sim, um encontro... Apesar de improvisado, revelava-se algo promissor, perene, cravado no tempo, no momento e na memória. Era tudo muito ingênuo, infantil, puro e imaculado. As histórias, a juventude madura nos olhos de ambos evidenciava uma sensação de leveza e bem-estar.
Agora some assim, sem deixar nome, documentos ou pegadas. Como ela pode seguir-te, saber onde está e com quem andou? Saber mais sobre seus sonhos, ler nos seus olhos as muitas emoções escondidas e tocar na sua perna acidentalmente? Aparece. Porque assim ela poderá dar continuidade aos seus pensamentos reticentes deixados na timidez da noite passada.
(À amiga Milena Tatone)
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