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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

...Pensamentos...

Sou o que penso...

Para todo herói existem as criptônitas... Os momentos de puro desespero e destempero. Aquele dia que não se tem vontade de salvar ninguém, nem a si próprio. O momento em que uma lágrima é mais devastadora que uma ameaça real ao planeta.

A heroína, esse ser perfeito que vos fala, admite que precisou muitas vezes ser protegida ao invés de proteger, que suas forças se esvaíram-se subitamente na inconstância do dia-a-dia. Que seu lado humano cansou de tanta humanidade que há em si e que a confusão, talvez o erro de identidade, a perturba segundamente. Não sabe mais quem são os seus verdadeiros pares, os amigos que tanto gritaram aos quatro mundos que era especial. Onde estão agora?

Para aqueles que exigem mais dela do que exigem de si próprios, apenas digo: “tá difícil manter o caminho, nem sempre é tão fácil acertar”. As acusações, as insatisfações, a falta de zelo, cuidado, a carência de preocupação, altruísmo, solidariedade e, sobretudo incompreensão a desolou completamente.

...

Tudo se tornou incômodo... A seriedade, a timidez, a organização em ver a vida, as exigências, os conselhos, o passado, o presente, o futuro, a preocupação... Tudo é motivo para dilacerar e se transformar em arma mortal. O que dizer? O que fazer? Acredito que apenas um: “só fiz tudo para acertar e plantar um pouquinho de sorriso em uma face desiludida e desesperançosa”, bastaria. Mas não basta, nada mais basta...
A única certeza é que meu jogo sempre foi limpo, sempre o abri e continuarei a fazê-lo, mas de uma outra forma; com mais amor próprio, mais realidade, menos expectativas... Talvez tenha sido isso... Dei mais do que suportaria receber. Desculpem-me também por isso. Exagero com quem amo.

“PS. ... Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar”. C.L.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

AJUDEM VÍTIMAS DO TERREMOTO NO HAITI

Estima-se 100 mil mortos vitimas do terremoto, entre eles brasileiros em missão de paz - ajudem o Haiti - BCO DO BRASIL - Ag. 1769-8 - Conta corrente: 5113-6 - ONG Viva Rio

"Onde está você agora?"

Declarações de amor sempre me emocionam. As piegas mais ainda... o velho buquê de flores, a porta gentilmente aberta do carro, o sussurro do “eu te amo” no ouvido de forma inesperada derretem até os mais imponentes icebergs, assim como eu (como alguns consideram) dura de matar, derreto-me toda, incontida, deixo sempre banhar um pouco dos olhos, ontem gélidos e impassíveis.

Mas há muito não vejo isso nas estradas, nos caminhos por onde passo... vejo olhares frios em busca do milhão, na pressa diária do trânsito frenético, do desamor desavergonhado e na insanidade das relações corrompidas pelo caos do dia. Sem tempo, sem paciência seguimos para onde ninguém sabe, nem nós mesmos.

Os detalhes do ser amado são indiscretamente esquecidos; renegados ao segundo plano... o olhar apaixonado – onde está? As mãos dadas em praças calmas, a brincadeira na água da praia, as românticas declarações sob a Lua... a guerrinha de travesseiros, o impasse nos telefonemas para ver quem desliga primeiro...
Digam-me por favor onde estão, pois de tanto não fazer e não ver por onde ando, temo desaprender a formula (hoje secreta) de amar declaradamente.